segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Zumbi (20 de novembro)




 Em 1988, fez 100 anos que uma lei aboliu oficialmente a escravidão no Brasil. Mas a Princesa Isabel foi responsável pela libertação dos escravos, quando assinou a Lei Áurea, em 13 de maio de 1988, dando-os direito de ir embora das fazendas em que trabalhavam ou de continuar morando com seus patrões, como empregados e não como escravos.
 Isto é incrível, mas o nosso país, sob o domínio de Portugal, importou seres humanos da África, como importa hoje petróleo da Arábia Saudita.
Por mais de três séculos, o Brasil escravizou milhões de seres humanos, roubados violentamente de suas pátrias.
Muitas pessoas eram contra essa forma de tratar os negros e várias tentativas aconteceram ao longo da história para defender seus direitos. Em 1871 a Lei do Ventre Livre libertou os filhos de escravos que ainda iriam nascer; em 1885 a Lei dos Sexagenários deu direito à liberdade aos escravos com mais de sessenta anos.
A maioria das pessoas conviviam com essa clamorosa justiça com a mesma naturalidade com que vivemos hoje. Com os 40 milhões de brasileiros que vão dormir diariamente com fome.
Havia escravos que não suportavam os cruéis sofrimentos e se suicidavam; outros fugiam para o interior do território, onde formavam quilombos (povoação). O mais importante deles foi o Quilombo de Palmares, situado na Serra da Barriga numa região do atual estado de Alagoas.
Em Palmares, os negros viviam em liberdade e eram felizes. Por isso, os escravos das regiões vizinhas, quando podiam, fugiam para lá.
Em 1645 Palmares possuía uns 6000 habitantes; 30 anos após, já contava com mais de 20 mil.
O governo de Portugal e os donos de escravos tentavam, em vão, umas 20 vezes destruir o Quilombo de Palmares.
Mas um dia organizaram um exército bem superior ao de Palmares em soldados e armas. Assim, depois de 22 dias de luta, conseguiram arrasar impiedosamente o Quilombo. Zumbi, que era o chefe de Palmares, lutou heroicamente com seus companheiros. Mas não possível de resistir. Por fim, foi preso e assassinado. A sua cabeça foi espetada num poste, como seria a de Tiradentes um século após, até se decompor inteiramente.
Zumbi não conseguiu libertar o seu povo da escravidão, mas deixou a semente da libertação, 20 de novembro, aniversário de sua morte, é comemorado como o dia nacional da consciência negra.
O dia da consciência negra é marcado pela luta contra o preconceito racial, contra a inferioridade da classe perante a sociedade. Além desses assuntos, enfatizam sobre o respeito enquanto pessoas humanas, além de discutir e trabalhar para conscientizar as pessoas da importância da raça negra e de sua cultura na formação do povo brasileiro e da cultura do nosso país.

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