terça-feira, 23 de dezembro de 2014

Parábola do porco espinho

Arthur Schopenhauer

Em 1851, o filosofo alemão, Arthur Shopenhauer, expôs a parábola do porco-espinho.
Durante uma era glacial, muito remota, quando o Globo terrestre esteve coberto por densas camadas de gelo, muitos animais não resistiram ao frio intenso e morreram indefesos, por não se adaptarem as condições do clima hostil.
Foi então que grande manada de porcos-espinhos, numa tentativa de se proteger e sobreviver, começou a se unir, a juntar-se mais e mais. Assim cada um podia sentir o calor do corpo do outro. E  todos juntos, bem unidos, agasalhavam-se mutualmente, aqueciam-se, enfrentando por mais tempo aquele inverno tenebroso. Porém, vida ingrata, os espinhos de cada um começaram a ferir os companheiros mais próximos, justamente aqueles que lhes forneciam mais calor, aquele calor vital, questão de vida ou morte. E afastaram-se, feridos, magoados, sofridos,
Dispensaram-se por não suportarem mais tempo os espinhos dos seus semelhantes. Doíam muito.....
Mas, essa não foi a melhor solução: afastados, separados, logo começaram a morrer congelados. Os que não morreram, voltaram a aproximar, pouco a pouco, com jeito, com precauções, de tal forma que unidos, cada qual conservava uma certa distância do outro, minima, mas suficiente para conviver sem ferir, para sobreviver sem magoar, sem causar danos recíprocos. Assim, aprendemos a amar, resistiram a longa era glacial.
Sobreviveram.
"Quanto mais nos ocupamos com a felicidade dos outros, maior passa a ser nosso senso de bem-estar. Cultivar um sentimento de proximidade e calor humano compassivo pelo outro, automaticamente num estado de paz. Isso ajuda a remover qualquer medo, preocupações ou inseguranças que passamos ter, e nos dá muita força para lutar com qualquer obstaculo que encontramos. Esta é a causa mais poderosa de sucesso na vida."